Mongólia – Parte I – Passeio pelo interior.

Passeio pelo interior

  • A Mongólia fica no centro da Ásia, entre a Rússia (Sibéria) e a China. O nome da capital é Ulan Bator (em Inglês) ou Ulaanbaator (em mongol). É o segundo maior país do mundo sem costa marítima. A população é de três milhões de pessoas. Sessenta por cento vivem na capital e quarenta por cento no interior do país. Cerca de 30% da população é nômade. Eles vivem no interior ou nas cidades, dependendo da conveniência. A figura mais venerada na cultura popular mongol é Genghis Kan, o fundador do Império Mongol no século XII. Os animais são criados soltos, pois, segundo a guia, a terra e a água são de todos. Assim, qualquer cidadão pode usufrui-la, desde que cuide e respeite.
  • As pessoas são calmas e hospitaleiras. Fiz uma viagem cultural e inesquecível pelo interior do pais por três dias. Contratei a empresa Dream Mongolia. Viajamos eu, o motorista Khurkee e a guia Urga. Ambos muitos simpáticos e divertidos. Todos os dias foram uma aventura: um dia o carro quebra, no outro chove sem parar, e as refeições representaram sempre uma surpresa, seja pela comida ou pelo restaurante. Não recomendo este passeio para quem gosta de conforto e previsibilidade. Tudo pode acontecer, e as acomodações e refeições seguem o modo simples do povo do interior. Saímos de Ulan Bator com destino a Kharakhorum, a 360 km. A paisagem é linda e se repete por todo o caminho, sendo composta por uma longa planície, com montanhas em seu contorno, e os animais, cavalos, carneiros e gado pastando ou procurando por melhores pastagens, uma vez que a vegetação nesta época do ano - final de abril e início de maio, está rasteira e na cor bege palha, em razão do inverno recente. Não há nenhum tipo de árvore na planície. Olhando à volta, a sensação é de que o mundo se resume a essa planície. Sente-se uma enorme paz. Fizemos algumas paradas para foto e para ir ao “toilette”, que na verdade é a terra pura (sem proteção), na beira da estrada. Não há cidades ou estrutura para turismo. A vida no interior segue em seu estado bruto.
  • Depois de rodarmos 280 km paramos para o almoço em um "sum", espécie de vilarejo, chamado Rashaant localizado na província de Khovsgol. O almoço foi em um restaurante caseiro chamado Rashaant Zoog, onde fizemos uma refeição típica do interior da Mongólia. Tomamos o chá tradicional com leite, chá verde, sal e água, comemos uma sopa de legumes, carne e uma massa fina recheada de carne de carneiro que lembra capeletti, chamada nogootoi shol. O prato principal foi ondogtei huurga, que é um mexido de carne, legumes e ovos, acompanhado de purê frio de batata, maionese e arroz cozido. Tudo muito bem temperado. Apesar da aparência não ser bonita, gostei.
  • Saímos do restaurante e, depois de rodarmos um pouco, paramos para conhecer alguns stupas, monumentos tradicionais budistas e, em frente a eles, um Ovoo, local sagrado de adoração encontrado nas tradições religiosas xamânicas mongóis, geralmente feito de rochas com madeira ou de madeira. Estava fotografando a área quando o motorista informou que o carro estava quebrado. Estávamos no meio do nada. Não havia perspectiva de encontrar outras pessoas por perto. Assim, o motorista, que se dizia também mecânico, começou a tentar consertar o carro. Após algum tempo, e sem sucesso, ligaram para empresa, que informou que mandariam outro carro para nos buscar - eu e a guia. Até que o carro chegasse, fomos para a “casa” de uma família nômade, uma tenda chamada de ger. O bom de tudo foi conhecer de perto a vida de uma família nômade. Tomamos chá, conversamos, andei de camelo e fiquei sabendo que não possuem chuveiros e nem vasos sanitários. Tomam banho em bacias com caneco e fazem suas necessidades fisiológicas no tempo, ali por perto e sem privacidade nenhuma. Não há árvores na planície. Portanto, não há qualquer possibilidade de se esconderem!!!
  • Mais tarde chegamos a Kharakhorum. É uma pequena cidade. Na Mongólia, só dão nome de cidade quando o lugar possui escola e hospital. Dormimos em uma tenda de uma família que hospeda turistas. Nesse ger não havia chuveiro, e o jeito foi improvisar... O lavatório era singular - vejam as fotos. Fim do primeiro dia.

Link:

Empresa de turismo - Dream Mongolia:
http://dreammongolia.com/

Sem Respostas para "Mongólia – Parte I - Passeio pelo interior."

    Responder

    Seu endereço de e-mail será publicado.