Espanha – Andaluzia e Toledo.

Na sexta (*) e última parte (**) da nossa viagem a Portugal e Espanha em outubro e novembro de 2012, visitamos Sevilha, Antequera, Granada e Toledo, na Espanha.


A Andaluzia (em espanhol: Andalucía) é uma região autônoma da Espanha desde 1982. Está localizada na parte meridional do país, é limitada, começando a Oeste, em direção a Este, por Portugal pela Estremadura, pela região de Castilla-La Mancha e, finalmente, pela Região de Múrcia. A Sul a fronteira é o mar, o Oceano Atlântico e o Mar Mediterrâneo, numa costa com cerca de 910 km. A sua capital é a cidade de Sevilha, onde tem a sua sede a Junta de Andaluzia, enquanto o Tribunal Superior de Justiça de Andaluzia tem a sua sede na cidade de Granada.
O seu nome provém de Al-Andalus    (http://pt.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus) que os muçulmanos davam à Península Ibérica no século VIII. Em 711 d.C. os árabes invadiram a região, um domínio que durou oito séculos e deixou marcas na população e na cultura da Andaluzia.
Chegamos a Sevilha na tarde do dia 30/10/2012, vindo de Olhão, Portugal. Pretendíamos assistir a um show de flamenco ainda naquela noite. Estacionamos o carro bem perto do histórico Bairro de Santa Cruz, um dos locais indicados pelo site do Ricardo Freire (http://www.viajenaviagem.com/2012/04/sevilha-flamenco/). Conseguimos comprar ingressos para o show das 19h30m, na Casa de la Memoria Al-Andalus (Calle Ximénez de Enciso 28; tel.: 954-560-670, site http://www.casadelamemoria.es/entrada.htm).
O show foi belíssimo, estrelado pela dançarina Maribel Ramos “Zambra”, com participação do cantor Vicente Gelo e do violonista Raúl Cantizano.
Antes do show, a Ivone foi reconhecida na pequena platéia por nada menos do que a Meryl Streep. Ela perguntou “já não nos vimos antes?”. Na verdade era uma sósia que morava em Washington/DC.
Hospedamo-nos em mais um Íbis (Calle Aviacion, 12).

No dia seguinte visitamos os Reales Alcázares de Sevilla, que são um complexo palaciano composto por vários edifícios de diferentes épocas. A fortificação original foi construída sobre um antigo assentamento romano, e mais tarde visigodo. Posteriormente passou a ser uma basílica paleocristã (São Vicente Mártir), onde foi enterrado São Isidoro.


Em seguida visitamos a estupenda Catedral de Sevilha.
Também  conhecida como Catedral de Santa Maria da Sede, é a maior da Espanha e o terceiro maior templo do mundo, atrás do San Pedro do Vaticano no Vaticano e São Paulo em Londres.
Segundo a tradição, a construção começou em 1401, embora não haja constância documental do começo dos trabalhos até 1433. Foi edificada no solar que ficou após a demolição da antiga Mesquita de Sevilha.


A Giralda é o ícone mais conhecido da cidade e é também o emblema da catedral de Sevilha. E, no entanto, já existia quando esta última começou a ser construída. Ficou como um dos últimos vestígios da antiga mesquita. A Giralda tem 97 metros, sendo assim o edifício histórico mais alto da cidade.

Atualmente, desde o século XV, serve de campanário da catedral. No seu topo, que é mais recente que a sua base, foi colocada uma estátua representativa da fé católica, com um estandarte. A esse estandarte deu-se o nome, em castelhano, de giraldillo.
A subida da Giralda é um capítulo à parte: são 25 andares em rampas e mais alguns degraus para se chegar ao campanário. Do alto se têm as melhores vistas da cidade e do rio que corta a cidade (Guadavilquir).
Saímos de Sevilha em direção a Algeciras, cidade que serviria de apoio ao nosso passeio pelo Marrocos e por Gibraltar.

No dia 02/11/2012 saímos de Gibraltar rumo a Antequera. A visita a essa cidade histórica teve uma motivação familiar: visitar uma prima da Ivone – Cleonice, que mora em Antequera há alguns anos com seu marido (João) e suas duas filhas (Josi e Laine). A visita foi muito agradável, e lá nos encontramos também com um grande amigo de infância do Silas – Antônio Adenil Diaz, o Toninho. As lembranças renderam muitas histórias e gargalhadas. Ao tirar uma das fotografias, o Toninho saiu com essa: isso é pra vocês verem o que o tempo fez com esses meninos… Almoçamos, conversamos muito e, já à noite, conhecemos o Castelo de Antequera, que fica perto da casa da prima.
  

Chegamos ainda naquela noite a Granada e nos hospedamos no Hotel Albero 
– Avenida Santa María de la Alhambra, 6, Genil, Telefone: +34958226725
.
No dia seguinte (03/11/2012) fizemos o passeio na grande atracão de Granada: a Alhambra.
A Alhambra (em espanhol “a Vermelha”) localiza-se em posição dominante no alto duma elevação arborizada na parte sudeste da cidade.
Trata-se dum rico complexo palaciano e fortaleza (alcazar ou al-Ksar) que alojava o monarca da Dinastia Nasrida e a corte do Reino de Granada. O seu verdadeiro atrativo, como noutras obras muçulmanas da época, são os interiores, cuja decoração está no cume da arte islâmica. Esta importante atração turística espanhola exibe os mais famosos elementos da arquitetura islâmica no país, juntamente com estruturas cristãs do século XVI e intervenções posteriores em edifícios e jardins que marcam a sua imagem tal como pode ser vista na atualidade.
No interior do recinto da Alhambra fica o Palácio de Carlos V, um palácio erguido pelo Imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germânico em 1527.
A Alhambra é uma cidade amuralhada (medina) que ocupa a maior parte da colina de La Sabika. A cidade de Granada tinha o seu próprio sistema de muralhas, pelo que a Alhambra podia funcionar de forma autônoma em relação a Granada. Na Alhambra encontravam-se todos os serviços próprios e necessários para a população que ali vivia: palácio real, mesquitas, escolas, oficinas, etc.
A maior parte do complexo foi construído, principalmente, entre 1248 e 1354, nos reinados de Ibn-al-Ahmar e dos seus sucessores; a Alhambra é um reflexo da cultura dos últimos anos do reino nasrida, sendo um local onde os artistas e intelectuais procuravam refúgio no decurso das vitórias cristãs por todo o Al Andalus. Mistura elementos naturais com outros feitos pela mão do homem, sendo um testemunho da habilidade dos artesãos muçulmanos da época.
Durante a visita, o guia nos brindou com uma curiosidade: nos jardins há muitos pés de romãs. Ele disse que é uma planta típica da região há séculos e que deu nome à cidade, pois romã, em espanhol, significa granada.

Após a visita almoçamos no Restaurante Chikito, na Plaza Campillo, 9. Saboreamos Favas típicas com Jamon e Rabo de Toro, ambos recomendados e que estavam excelentes.

No mesmo dia seguimos em direção a Toledo. Choveu durante toda a viagem, e chegamos a Toledo à noite. Hospedamo-nos no Hotel Pintor El Greco, na Alamillos del Tránsito, 13 Telefone +34925285191.

Depois da entrada no hotel saímos para jantar e assistir, pela televisão, ao jogo do Real Madrid com o Real Zaragoza. Quase que conseguimos ir de carro ao estádio, em Madrid, mas a chuva não permitiu. Ficou para a próxima.
O domingo (04/11/2012) estava reservado para conhecer Toledo. Detalhe: havia uma chuva para cada habitante e outra para cada turista que ali estava. Era até engraçado: todo mundo de guarda-chuva ou sombrinha e ainda assim encharcando os pés e canelas.
Conhecemos, a duras penas, a Catedral de Toledo, uma das três catedrais góticas espanholas do século XIII, sede da Arquidiocese de Toledo, sendo considerada a obra magna desse estilo no país. Foi construída de 1226 a 1493 e foi projetada a partir da Catedral de Bourges. Combina também algumas características do estilo mudéjar, principalmente no claustro.
Disse a duras penas porque era domingo de manhã e, por causa das missas,  a visitação teria início somente à tarde. Para entrar tivemos que dizer que íamos à missa. Assistimos a uma parte de uma missa hispano-árabe e depois pudemos ver parte da catedral e seu majestoso órgão. Fotos proibidas. Snif.
Depois visitamos a Mesquita Cristo de La Luz, anteriormente Mesquita de Bab al-Mardum,  no bairro de San Nicolás.
Das dez mesquitas que chegou a haver na cidade, é a melhor conservada. Na época muçulmana era um pequeno oratório ligado a uma porta de acesso à cidade, para uso dos recém chegados a Toledo ou para preparação de saída. Foi construída  no ano de 999, no esplendor do Califado de Córdoba, tal como está escrito, em árabe, na franja epigráfica da sua fachada.
Depois visitamos a Igreja de Santo Tomé (Plaza del Conde) – que abriga a obra prima de El Greco, o Enterro do Conde de Orgaz (1586).

Naquele mesmo dia chegamos a Madrid, cidade de início e final da nossa grande e maravilhosa viagem de férias em outubro e novembro de 2012.
Tivemos a felicidade de assistir a um culto no domingo à noite na nossa igreja, no bairro de Quintana.
No dia 5/11/2012, segunda-feira, fizemos os últimos passeios em Madrid, as últimas compras, visitamos o Palácio Real, saboreamos a última paella no Mercado San Miguel e nos deliciamos com os famosos churros com chocolate na Chocolateria San Gines, na Calle XXX, 11.
Às 20:25 embarcamos no voo da TAP com destino a Lisboa e, de lá, fizemos conexão para Brasília, chegando às 7:10 do dia 6/11/2012.

Durante a viagem de volta, dois sentimentos. O primeiro: Deus permitiu que nossa viagem fosse simplesmente maravilhosa!!! O segundo: quando e para onde vai ser a próxima???

(*) A visita ao Marrocos e a Gibraltar teve uma postagem específica.

author-avatar

AMOR GASTRONÔMICO: RANGO OU CHIQUE. Cozinhar para mim é sinônimo de prazer. Sempre que posso estou na cozinha. Por isso, decidi criar este blog, e a partir de agora terei a oportunidade de compartilhar com vocês minhas experiências – positivas ou não – na arte da gastronomia. E também disponibilizar relatos de viagens e receitas testadas e aprovadas. Sejam bem vindos, Ivone Santiago.

Sem Respostas para "Espanha - Andaluzia e Toledo."

    Responder

    Seu endereço de e-mail será publicado.