Conhecer o Marrocos foi surpreendentemente gratificante.
O Marrocos fica no continente africano. Tem uma população de mais de 33 milhões de pessoas e uma área de 446 mil quilômetros quadrados. Sua capital é Rabat e a maior cidade é Casablanca. O país é governado por uma monarquia constitucional com um parlamento eleito. O Rei do Marrocos tem vastos poderes executivos e legislativos, especialmente sobre os militares, a política externa e os assuntos religiosos.
Fomos convidados a participar dessa viagem por amigos que já haviam efetuado o planejamento dos lugares a serem visitados e contratado uma empresa de turismo receptivo local, com carro e motorista – que também foi nosso guia por toda a nossa estadia no país. Dessa forma tínhamos liberdade de fazer alterações no roteiro quando nos era conveniente. O motorista Ahmar pegou-nos no aeroporto de Casablanca e deixou-nos, ao final, no aeroporto de Marrakech. Isso foi um fator de tranquilidade. Tivemos serviços de guias locais nas Medinas de Fez e Marrakech.
Iniciamos nosso passeio pelo Marrocos por Casablanca e seguimos para Rabat, Chefchaouene, Meknes, Fez, Merzouga, Rissani, Ouarzazate, Essaouira e, por fim, Marraquexe.
Casablanca é a maior cidade do país, fica na costa Atlântica, e uma das maiores do Norte de África. Tem cerca de 5,5 milhões de habitantes. É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos.
Em Casablanca ficamos hospedados no Sofitel Casablanca Tour Blanche Chegamos no final da tarde e à noite fomos jantar no famoso Rick´s Café, réplica do American Bar que ficou famoso por causa do filme Casablanca. Nos surpreendeu pelo bom atendimento, charme da decoração e a boa comida. É um lugar para tirar fotos e relembrar o filme Casablanca, que não foi filmado no Marrocos. Gostamos muito.
No dia seguinte visitamos a Medina, a Mesquita Hassan II e a praça Praça e o Boulevard Mohamed V.
Mesquita Hassan II – trata-se da segunda maior mesquita do mundo, e a única que pode ser visitada no Marrocos. Sua arquitetura e grandiosidade é impressionante, e o interior é simples, mas belíssimo.
Medina – cidade murada e antiga é o centro histórico da cidade. O ambiente da Medina de Casablanca é diferente das outras que visitamos posteriormente. Pareceu mais uma feira de produtos chineses. Não nos atraiu.
Praça e o Boulevard Mohamed V – uma praça como uma bonita fonte, muitos pombos e vendedores ambulantes com trajes berberes – pessoas que viviam ou vivem no deserto e falam o berbere, língua própria e não oficial do Marrocos.
Em seguida viajamos para Rabat, nosso segundo destino. Rabat é a capital e a segunda maior cidade do Marrocos. Localiza-se na costa do Atlântico. Tem cerca de 1,7 milhões de habitantes. A cidade foi fundada em 1150. Tornou-se cidade imperial em 1660 e foi a capital do Protetorado Francês em Marrocos entre 1912 e 1956. Na chegada a Rabat paramos em uma das praias mais frequentadas com uma única finalidade: ver o por do sol a partir de uma ponte de pedestres que avança cerca de 100 metros no mar. Uma paisagem linda.
Ficamos hospedados no Euphoriad, dentro da Medina. Trata-se de um Riad, designação dada a casas ou palacetes que constituem o habitat tradicional das medinas (centros urbanos históricos) do Marrocos. Entre as suas características mais marcantes incluem-se o fato de serem completamente fechadas para o exterior e se estruturarem em volta de um pátio interior central, normalmente ajardinado. Esse hotel é novo, lindo e confortável.
A noite jantamos no Restaurante Dar Zaki, dentro da Medina. Comida marroquina, música marroquina ao vivo e carta de vinhos também marroquinos. Nesse restaurante tomamos o primeiro vinho marroquino da viagem que nos surpreendeu pela qualidade e, que na minha opinião, foi o melhor vinho marroquino que provamos, um Clos Hermitage 2013. Muitos dos restaurantes não oferecem bebidas alcoólicas. Para chegarmos ao restaurante precisamos da ajuda de um senhor com uma lanterna – as ruas da medina são muito estreitas e parecem labirintos. A noite foi ótima.
No dia seguinte visitamos os principais pontos turísticos de Rabat: Mausoléu de Mohamed V, Kasbah Chellah, Kasbah des Oudaias, a Torre de Hassan, o Palácio Real e a Medina.
O Mausoléu de Mohammed V está localizado na esplanada de Rabat. Ali estão os túmulos do rei marroquino e de seus dois filhos, o Rei Hassan II e o Príncipe Moulay Abdallah. O edifício tem silhueta branca, coberto com típicas telhas verdes. A construção foi finalizada em 1971. Tanto a esplanada quanto o mausoléu são bonitos e bem cuidados. Um passeio muito interessante.
Kasbah significa fortaleza. O Kasbah Chellah é o sítio arqueológico mais importante de Rabat, tratando-se de assentamento de origem fenícia, depois ocupado por gregos, depois romanos e finalmente árabes. Encontra-se num amplo espaço com boas informações e equipamentos arquitetônicos interessantes. As cegonhas aproveitam e fazem seus ninhos nas colunas ou ruínas.
O Hasbah dos Oudais é uma antiga fortaleza às margens do oceano Atlântico, localizada estrategicamente para defender a região. Sua dimensão é portentosa e a localização frente ao Atlântico é de surpreendente beleza. Dentro dessa cidadela muralhada existem casas típicas habitadas por pessoas locais, pintadas nas cores branco e azul com vasos de flores nas calçadas. Isso tudo confere um charme muito especial ao local, contrastando com a austeridade da fortificação. Nessa Kasbah há várias tendas de artistas locais. Não resisti e comprei uma tela de pintura acrílica de um artista que mora no Hasbah. Comprei também duas aquarelas de pessoas locais tocando instrumentos musicais em um charmoso café literário. Primeiras de muitas outras compras. Impossível não trazer um pouco do Marrocos para casa.
A Torre Hassan é o minarete de uma mesquita inacabada construída no século XII. Foi feita de arenito vermelho.
Nesse dia almoçamos em um restaurante italiano, para fugir um pouco dos tagines e couscous… Fomos ao Il Giardino, que tem boas massas e saladas. O ambiente é bem acolhedor e com possibilidade de almoçar no jardim, onde ficamos. O proprietário estava presente o nos contou como foi parar no Marrocos. Bom atendimento.
Palácio Real – é a residência oficial dos monarcas marroquinos, só que atualmente o rei não reside lá. Nesse palácio são exercidas as funções político-administrativas. Foi construído em 1864, no lugar de um palácio mais antigo. É rodeado de uma muralha defensiva, com uma grande entrada principal.
Deixamos uma parte da tarde para nos perdermos no Souk, o centro comercial da medina. Sentir o cheiro das refeições preparadas na hora, dos pães assando, das frutas, dos açougues, das pessoas… ouvir o som da línguas árabe e berber, das motos, de crianças brincando, da buzina das bicicletas, do trote dos burros, do trânsito caótico, dos negociantes vendendo suas mercadorias… ver o colorido lindo das vitrines, as pessoas com seus trajes típicos, os antiquários, a decoração das portas, as escritas das placas… experimentar sabores e cheiros diferentes… comprar exercitando o poder de regatear, tudo isso misturado em um só lugar foi uma experiência inesquecível!
Adiantando que as ruas estreitas e os labirintos são semelhantes em todas as medinas, o que garante viver essa experiência em todas as outras cidades.
À noite jantamos no Restaurante Riad Kalaa, também dentro da Medina. Comida marroquina com excelente custo-benefício e lugar agradável.
No outro dia fomos para Chefchaouen, a “cidade azul”.
O roteiro completo desde a chegada em Casablanca até a saída de Marrakech compôs-se de 14 dias, assim distribuídos:
1° DIA – CHEGADA EM CASABLANCA
2° DIA – CASABLANCA – RABAT
3° DIA – RABAT
4° DIA – RABAT – CHEFCHAOUEN
5° DIA – CHEFCHAOUEN – MEKNES – FEZ
6° DIA – FEZ
7° DIA – FEZ – DESERTO DE MERZOUGA
8° DIA – MERZOUGA – ERG CHABBI
9° DIA – MERZOUGA – VALE DE DADES
10º DIA – VALE DE DADES – OUARZAZATE – MARRAKECH
11° DIA – MARRAKECH
12° DIA – MARRAKECH – ESSAOUIRA – MARRAKECH
13° DIA – MARRAKECH
14° DIA – MARRAKECH – AEROPORTO
ROTEIRO NO MAPS.
Viagem realizada no mês janeiro/2018.
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