Ilha da Madeira – Portugal

Quando programamos nossa viagem à Espanha e Portugal, decidimos incluir a Ilha da Madeira no roteiro por dois motivos: pelo que havíamos lido sobre a ilha e também porque a bisavó do Silas havia saído de lá para o Brasil, no início do século passado.

Chegamos ao Aeroporto de Funchal à uma da manhã do dia 25/10/2012, quinta-feira, vindos de Lisboa (voo TP1693).
Logo de início vivemos uma situação engraçada: o GPS não funcionou. Tentamos chegar ao hotel olhando a sinalização da cidade e perguntando às poucas pessoas que havia nas ruas. Percebemos a nossa dependência do danado. Depois de algum tempo descobrimos que o smartphone estava no modo avião, e por isso não dava sinais de vida. Ufa. Resolvida a questão chegamos facilmente ao hotel Four Views Oasis, na  Praia dos Reis Magos, Caniço de Baixo, Funchal, Telefone +351 291 930 100.

Na manhã do dia 25 dirigimo-nos aos lados Oeste e Noroeste da ilha – Câmara de Lobos, Ribeira Brava, Seixal e Porto Moniz.

Almoçamos em Porto Moniz, no restaurante do Hotel Moniz Sol. Pedimos espetada de boi e filé de espada. Ambos são pratos típicos da região. Perto do hotel há as famosas piscinas naturais de Porto Moniz, formadas a partir do represamento da água do mar em blocos de pedras – parte delas pela natureza e parte construídas. Mesmo com o clima meio frio havia pessoas nadando.

Voltando para o Funchal fomos ao Mercado dos Lavradores. É um local interessante. O forte são as lojas de frutas, verduras e flores. Vimos lá duas frutas que não existem no Brasil: abacaxi banana e maracujá banana. Provamos as duas. A primeira com gosto misto entre as duas frutas. A segunda com gosto de maracujá doce. Gostamos. Visitamos uma loja gourmet com ótimo atendimento e lá degustamos os vários tipos de vinhos da madeira. Nesse dia jantamos no hotel. O restaurante serviu buffet com comidas típicas da ilha. Estava lotado por um grupo de turistas da terceira idade, super animados.

No dia seguinte, logo cedo fomos conhecer uma vila chamada Monte que fica no topo da ilha. É muito bonita e tem boas atrações turísticas.

A freguesia (vila) do Monte é das mais emblemáticas da cidade do Funchal. Fica situada bem no alto do anfiteatro da capital, limitada a norte pela serra.
É lá que fica a Igreja do Monte, onde se encontram os restos mortais de Carlos I, imperador de Áustria, e onde se realizam todos os anos uma grande festa.
Nesta freguesia encontram-se bonitos jardins, notadamente na Quinta da Fundação Berardo (10 euros a entrada).
E, por último, a freguesia, das mais visitadas da Madeira, tem ainda mais três pontos de interesse.

Dois são teleféricos. O primeiro com ida e volta à Zona Velha do Funchal. O segundo em direção ao Jardim Botânico do Funchal.

Por fim, a atração que deixamos por último porque estávamos com “receio”: a descida com o tradicional “carro de cesto”, controlado por dois condutores morro abaixo, por dois quilômetros. Radical. A descida é linda e emocionante. Adoramos!

Gastamos 30 euros com o carro, 10 euros com a fotografia e 10 euros com o táxi que nos trouxe de volta para onde estava o carro.

Dali seguimos em direção ao centro e norte da ilha. O caminho é feito de subidas íngremes e muitas, muitas curvas.

Seguindo em direção a Ribeiro Frio, estávamos com fome, e encontramos uma joia culinária a 1400 metros de altitude:  o Restaurante  Casa Abrigo do Poiso (Caminho Lombada 1º Impasse Lote 4, Poiso, Freguesia do Monte, Funchal, telefone 291782269).

Tudo contava a favor: estava frio e havia uma aconchegante lareira. O atendimento foi ótimo. A comida deliciosa. Na entrada saboreamos o famoso “bolo do caco” e açorda (ambos pratos tradicionais da Madeira). Continuamos com um delicioso carneiro. Os portugueses chamam de borrego. O vinho era produzido na região. Bom também.

À tarde, quando seguíamos em direção a Santana tivemos outra surpresa agradável. Ao passar por um lugar chamado Faial, “achamos” o Restaurante Casa de Chá do Faial (Lombo de Baixo, Faial, telefone  291572223), um restaurante que, como casa de chá, nada fica a dever às suas similares britânicas. As instalações são ótimas e a vista para as serras e paisagens da região é magnifica. Tomamos um delicioso chá da casa. Um misto de ervas.

Na casa de chá pedimos informações sobre onde as pessoas que vivem na Ilha compram peças do famoso “bordado da Madeira”. Nos indicaram uma revendedora da empresa Bordal (www.bordal.pt), que mora em Porto da Cruz. Dona Conceição nos atendeu com muita simpatia, e compramos dois exemplares bordados. Depois da compra ela nos ofereceu um licor de ginja caseiro, feito pelo seu genro, que estava delicioso. Foi o melhor que tomamos. Pena que não tinha para venda.

Chegamos ao Funchal por volta das 17 horas. Visitamos a loja da Blandy’s, uma das grandes produtoras do famoso vinho da ilha, o vinho Madeira. A loja fica na Avenida Arriaga, 28.
A Avenida Arriaga, junto com a Avenida do Mar (que são paralelas), são o ponto de encontro dos turistas e dos madeirenses. É o lugar da moda no Funchal. Havia uma feira com produtos regionais, belos cafés, restaurantes e centros comerciais.

Na nossa ultima noite na Madeira fomos a um restaurante típico com show de folclore regional.  O restaurante A Seta fica na Estrada do Livramento 80, Monte, telefone 29/174-36-43. A comida não nos decepcionou, e o show foi magnífico. Antes do show de folclore assistimos a uma apresentação de um grupo de fado. A atracão principal foi o Grupo “Amigos do Funchal”, formado por crianças, jovens, adultos e até por alguns integrantes de maior idade… O show foi muito bonito e os integrantes são extremamente simpáticos. Compramos uma lembrança (boneca) do grupo para a Nana. De quebra, havia um grupo grande de barulhentos  e alegres alemães suíços que, por si só, eram um show à parte. Chegamos ao hotel felizes e, porque não, já com um pouco de saudades da Ilha da Madeira.

No dia seguinte (27) acordamos de madrugada para pegar o voo de retorno para Lisboa. 

Snif…

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AMOR GASTRONÔMICO: RANGO OU CHIQUE. Cozinhar para mim é sinônimo de prazer. Sempre que posso estou na cozinha. Por isso, decidi criar este blog, e a partir de agora terei a oportunidade de compartilhar com vocês minhas experiências – positivas ou não – na arte da gastronomia. E também disponibilizar relatos de viagens e receitas testadas e aprovadas. Sejam bem vindos, Ivone Santiago.

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