Madrid – Espanha

Planejamos viajar de férias para Espanha e Portugal. Reservamos 25 dias para fazermos o tour chegando e saindo de Madrid.

Saímos de Brasilia no dia 11/10 às 16:45 no voo TAP 62, chegando em Madrid às 6h do dia 12/10. Pegamos o voo TAP 1010 para Madrid às 9h.

Saímos do aeroporto e, com o GPS, chegamos fácil ao Hotel Ibis Valentim Beato, no nº 20 da mesma rua.Chegamos em Madrid às 10:00. Retiramos o carro que havíamos alugado na Sixt (pela internet).

Fomos ao centro da cidade. Visitamos a Praça Oriente e o Mercado San Miguel. O mercado é visita obrigatória para todos que visitam Madrid. É muito bonito e um deleite para os olhos e o paladar. Nesse dia estava superlotado porque era feriado (Dia Nacional da Espanha). Tivemos de cavar um lugar em um dos balcões. Comemos paella e Navajas à la plancha, duas tapas deliciosas (kani com caviar, e de presunto parma e guacamole), com vinho.

Seguimos para a Plaza de Toros Las Ventas para assistir à tourada – havíamos comprado ingressos pela internet. O início estava previsto para as 17:30 e começou exatamente no horário.  Nos sentamos ao lado de um casal de espanhóis da cidade de Valladolid que veio a Madrid exclusivamente para assistir à tourada. Disseram que a última apresentação seria do toureiro Júlio, uns dos melhores da Espanha. Perguntamos a eles o critério para se classificar um toureiro. Informaram que depende do gosto. Há quem goste do toureiro que acerta a espada rápido ou o que demora mais tempo. A tourada se inicia com uma banda tocando da arquibancada e com um desfile dos participantes da tourada. Os toureiros, cavaleiros, e os animadores, aqueles que fazem o touro cansar antes de começar a barbárie. Isso mesmo: barbárie. Apesar de ter assistido a um vídeo de tourada antes de comprar o ingresso, ficamos estarrecidos diante do que vimos. Antes do término da primeira apresentação nos levantamos para irmos embora e fomos impedidos. Só pode sair depois que o boi morre, ou seja, quando termina a primeira tourada. Fomos obrigados a ficar até o fim. Apesar de saber que tourada faz parte da cultura, não gostamos da experiência.

Saímos de lá e fomos visitar o Estádio do Real Madrid. Fantástico. Visitamos o museu, vestiário, gramado e arquibancada. Até sentamos no banco de reservas. As salas de troféus são um espetáculo à parte.

No dia 13/10 (sábado) fomos de metrô até à Estação Sol. A Puerta del Sol é linda, ponto de partida para todas as visitas ao centro de Madrid. Nela tem o quilômetro zero, de onde são medidas todas as distâncias rodoviárias da Espanha. Fomos ao El Corte Ingles, onde há uma ótima Seção Gourmet, onde compramos alguns itens. Saímos em direção à Plaza Maior. Passamos em uma das lojas do Museo del Jamon, que tem várias filiais na cidade e onde se compra e se come: presuntos de todos os tipos e lugares da Espanha. Subimos mais um pouco a Calle Postas e achamos uma filial da “100 Montaditos”. É muito popular porque vende pequenos sanduíches com 100 tipos de recheios. Além disso, serve a caneca de chopp a 1 Euro. Escolhemos duas opções gourmet: um de Jamon ibérico e outro de anchovas. Provamos a cerveja Mahoa, uma das mais vendidas na Espanha.

Finalmente conseguimos chegar à Plaza Mayor. Linda e lotada de turistas. Estava tendo um evento de vitivinicultores da Espanha. Zanzamos um pouco mais pela praça e em seguida fomos novamente ao Mercado San Miguel, que fica bem ao lado. Como no dia anterior, estava super lotado.
Em seguida pegamos a Calle Mayor em direção à Catedral de Almudeña.
A frente da Catedral estava cheia de gente, mas o que chamou nossa atenção foi a fila para comprar ingressos para a visita ao Palácio Real. Pelo jeito ele é muito lindo, mas tínhamos que voltar ao hotel.
Passamos em frente ao Teatro Real –  a Ópera de Madrid.

Desde que chegamos a Madrid tentamos reserva para o jantar em todos os Restaurantes de Madrid com estrelas no guia michelin (*) e não conseguimos. Estavam todos lotados. Então, dica: se houver interesse em ir a um desses restaurantes, reservem com antecedência. Conseguimos reserva no El Club Allard para o almoço do dia 05/11, dia em que chegaremos de volta a Madrid e, à noite, partiremos para o Brasil.

Jantamos no Restaurante Alcaravea, na Calle Cae Bermudes, 38. tel: 915336932.  É o sexto colocado no ranking do Tripadvisor, e valeu a pena. Pedimos ao maitre que nos indicasse comidas típicas de Madrid. Ele sugeriu de entrada Huevos Rotos con  Jamom Iberico e Pimientos Padron, e a seguir Secreto de Cerdo Ibérico de Bellota. Para a sobremesa, Crema de Arroz de Leche. Parece com nosso “arroz doce”, mas é liquidificado e passado no sifão. Delicioso. Podemos recomendar sem medo. Excelente relação custo x beneficio.

No dia seguinte saímos do hotel bem cedo com destino à Feira do Rastro. É uma enorme feira montada todos domingos na região entre a La Latina e a Puerta de Toledo.  Ela ocupa a Calle de la Ribera dos Curtidores e todas as ruazinhas que a cortam. Lá se encontra praticamente de tudo: antigüidades, roupas, calçados, ferramentas, objetos de decoração etc. Tem que chegar bem cedo, porque mais tarde vai ficando quase impossível de circular. Compramos umas peças  de cerâmica espanhola.

A seguir, fomos à Plaza de Espanha e de lá descemos a Gran Via curtindo o movimento e as lojas. Entrada obrigatória nas lojas da Zara, Mango, Blanco e Desigual, que são da Espanha. A Desigual é uma marca bem diferente que vende roupas super coloridas.

Depois seguimos para o Museo del Prado. Vale a pena a visita. Gostamos mais das obras de Gaudi e de Rafael.

Depois fomos para o Museo Reina Sofia. Encantaram-nos as obras de Dali e de Picasso, principalmente o famoso quadro Guernica. Aliás, repete-se com essa obra o mesmo que acontece com a Mona Lisa no Louvre: 95% dos visitantes só querem vê-la.
Já bem cansados, resolvemos ir de metro para La Latina, a dois bares de tapas recomendados: Lamiak e o Txacolí, na Calle Cave Baja. Que loucura. Come-se e bebe-se em pé, no balcão ou onde for possível. Estava em “fim de expediente”, com poucas opções de tapas, mas assim mesmo deliciosas. Comemos uma no Txacoli (queijo de cabras com cebolas carameladas) e outras no Lamiaki.
Chegamos ao hotel por volta das 8:30 da noite e bora dormir porque amanhã o dia promete: acordar cedo, arrumar as malas, colocar no carro, fechar o hotel, ir de metro até a Puerta del Sol comprar itens culinários no El Corte Ingles, almoçar no Botin (restaurante mais antigo do mundo), voltar para o hotel e viajar para Salamanca. Ufa: cansa só de pensar…

No dia 15/10, após fechar a conta no hotel fomos ao Restaurante Sobrino de Botin, o mais antigo do mundo, segundo o Guinness Book, e o terceiro mais clássico do mundo segundo a Forbes. Fica na Calle de los Cuchilleros, 17, uma ruazinha estreita e charmosa. Vale muito a visita pelo ambiente e pela história. A comida não decepciona. Só não espere grandes maravilhas culinárias. No nosso caso gostamos muito da sobremesa: Bartolillos de Madrid e  Arroz de Leche.

Em seguida seguimos em direção a Salamanca. É uma cidade considerada de jovens, por causa da sua famosa Universidade.

À noite visitamos a Plaza Mayor (parece que tem em vários lugares da Espanha). É um pouco menor do que a praça de mesmo nome em Madrid. Estava iluminada e cheia de gente.  A praça e seus arredores com certeza são pontos de encontro dos habitantes da cidade.

Jantamos no Restaurante Casa Paca, considerado o melhor da cidade e que se autoproclama o restaurante do Rei Juan Carlos quando vem à cidade. A comida é boa.

Voltamos para o hotel e, no dia seguinte, seguimos para Portugal.

(*) Guia Michelin:  guia de referência de hotéis e restaurantes presente na maioria dos países europeus e outros vários no mundo. Classifica os restaurantes com estrelas (de uma a três). É o mais respeitado guia gastronômico do mundo. Ganhar estrela nesse guia traz prestígio e reconhecimento ao  restaurante e ao Chef.

Veja os demais posts da viagem:

Madrid – Espanha

Vale do Douro, Minho e Porto – Portugal

Lisboa, Sintra, Cascais e Óbidos – Portugal

Ilha da Madeira – Portugal

Alentejo e Algarve – Portugal

Marrocos e Gibraltar

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AMOR GASTRONÔMICO: RANGO OU CHIQUE. Cozinhar para mim é sinônimo de prazer. Sempre que posso estou na cozinha. Por isso, decidi criar este blog, e a partir de agora terei a oportunidade de compartilhar com vocês minhas experiências – positivas ou não – na arte da gastronomia. E também disponibilizar relatos de viagens e receitas testadas e aprovadas. Sejam bem vindos, Ivone Santiago.

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