Provença ou Provence – França – cidades: Arles – Marselha – Cheteauneuf-du-Pape – Avignon – Saint-Remy-de-Provence – Les-Baux-de-Provence

Provença na França – Parte 1 – História, Vinhos e Azeites

Provença é uma região localizada no sudeste da França, que vai desde os Alpes até a Costa do Mediterrâneo. Cheia de cores, cheiros e lindas paisagens.

Faz parte da Provença-Alpes-Costa Azul (em francês: Provence-Alpes-Côte d’Azur),e é uma das 26 regiões administrativas da França.

Visitar a Provença é um perigo: você pode se apaixonar e querer ficar por lá.
No caminho entre Carcassone e Cannes já aproveitamos para conhecer a primeira cidade na Provença: Arles. O Anfiteatro romano de Arles dá uma boa ideia da importância que os romanos deram para essa região da então Gália Romana. Está razoavelmente bem conservado. Na Roma Antiga foram adaptados dos teatros gregos para servirem aos combates de gladiadores, de animais selvagens e demais diversões públicas.

Depois de muitas pesquisas, decidimos nos hospedar em Aix-en-Provence, maravilhosa cidade de porte médio cuja localização é muito favorável para os deslocamentos a todos os roteiros da região. Ficamos no Hotel Ibis de Aix, que foge um pouco ao padrão da rede e tem mais espaço nos quartos. Chegamos a Aix vindos da Costa Azul, e no caminho conhecemos Marselha, a segunda maior cidade da França e capital da região. Visitamos a região do Porto Velho e da igreja de Notre Dame de la Garde – fomos com o trenzinho turístico, mas gostamos mesmo dos calanques. Um calanque é um acidente geográfico encontrado no Mar Mediterrâneo, que se apresenta sob a forma de uma angra, enseada ou baía com lados escarpados, composta por estratos de calcário, dolomita ou outros minerais carbonatos. Fomos de carro até a entrada do vilarejo de Callelongue, primeiro calanque do parque nacional situado entre Marselha e Cassis. Nas proximidades de Callelongue foi possível admirar a beleza e as cores dos calanques.

Organizamos nossos passeios na Provença em quatro dias inteiros. No primeiro dia após a chegada em Aix fomos conhecer a região de Avignon. Iniciamos o roteiro bem cedo em Chateauneuf-du-Pape, bela cidadezinha voltada para os vinhos e o turismo. A localidade e outros três municípios que a rodeiam produzem vinhos com propriedade controladora de origem como a AOC. Sua viticultura está entre as mais refinadas do mundo do vinho, com diversas variedades de uva, e sua fusão predomina a variedade grenache. No século 19, os vinhos provenientes de Châteauneuf se tornaram os mais célebres dentre os produzidos no vale sul do Ródano. Chegamos à cidade em sua parte superior, onde há as ruínas do Castelo construído por João XXII (o segundo Papa eleito em Avignon) entre 1315 e 1333 para servir como residência de veraneio do Papa, o que deu a alcunha de “vinho papal” aos vinhos da cidade. Nos deliciamos descendo as escadarias e depois conhecendo as charmosas ruelas. Compramos bons vinhos da região, em uma loja muito completa chamada Vinadéa. Falando de vinhos,  exceto quanto à região de Chateauneuf-du-Pape, a especialidade da Provença é o vinho rosé. Algumas das regiões mais famosas são o Bandol, Frejus, Les-Londes-les-Maures e Saint-Vitoret. Optamos por conhecer o Chateau Sainte Marguerite, em Les Londes, muito charmoso e que produz um excelente rosé Cru Classé.

Avignon é conhecida como a Cidade dos Papas, pelo fato de o Papado ter ali se fixado entre 1309 e 1377. Fomos direto ao “Palácio dos Papas”, belo e grandioso. Aproveitamos para conhecer também a Ponte Saint-Benezet, construída entre 1177 e 1185 sobre o Rio Ródano.

Uma curiosidade: nessa viagem visitamos quatro pontes históricas, três delas desativadas e excepcionalmente bem vendidas sob o aspecto de exploração turística. Os europeus sabem aproveitar bem esse filão.

A próxima parada foi Saint-Remy-de-Provence. Cidade natal de Nostradamus, acolheu Van Gogh em sua doença no belo sanatório de Saint Paul. Depois de uma visita ao charmoso “centre ville” e comermos calissons, doce típico da região, numa charmosa boulangerie, conhecemos o interessante  “Site Archeologique de Glanum”, galo-romano, a cerca de 2 km da cidade.

Em seguida conhecemos Les-Baux-de-Provence, minúscula comuna com menos de 500 habitantes, vinte dos quais moram dentro da cidadela fortificada. Há forte atividade turística e comercial na cidadela. É extremamente bela e charmosa. Há vários restaurantes, alguns com estrelas no Guia Michelin. Incrível.

Em Mouriès tínhamos um único interesse: os moinhos de azeite de oliva, que fazem a fama da região e foram indicados pelo fundador do Restaurante Passedat, de Marselha. Mas chegamos à cidadezinha depois das 18 h e já estavam fechados. Não desanimamos: queríamos comprar o azeite produzido ali. Ao abastecer o carro no posto local, uma simpática senhora indicou-nos um funcionário da cooperativa que poderia nos vender alguns litros. Não tivemos dúvidas: fomos à casa indicada e trouxemos o azeite de oliva  Moulin du Mas des Barres para casa.  Já provamos. Valeu  a pena.

Salon-de-Provence é conhecida como a cidade onde Nostradamus passou a maior parte da sua vida. Uma rápida passada pelo centro da cidade é suficiente…
De repente tivemos vontade de “jantar bem”. Decidimos ir ao restaurante do Villa Gallicia, em Aix, um hotel “Relais Chateaux”. Escolhemos o Menu Degustação e gostamos bastante.

Chegamos tarde ao hotel. Cansados mas satisfeitos.