Chile – Vaparaiso, Viña del Mar, Valle Nevado e Valle do Colchágua

Como disse  no “post”  sobre Santiago, hoje falarei da segunda parte da viagem que fizemos ao Chile –  nos arredores de Santiago. Visitamos Vaparaiso, Viña del Mar, Valle Nevado e Valle do Colchágua.
Inciando por:
1)  Valparaiso:
No outro dia alugamos um táxi com motorista e fomos a Valparaíso e Viña Del Mar. As duas cidades são bem próximas – a cerca de 120 km de Santiago e à beira do Oceano Pacífico. Valparaíso é a sede do Congresso chileno.
Visitamos outra das casas onde morou Pablo Neruda – chamada La Sebastiana, localizada na parte alta da cidade. Como as demais, foi construída de forma que o poeta se sentisse dentro de um navio. Nessa a sensação é perfeita. Dela é possível ver a baía de Valparaíso. A casa está cheia de objetos colecionados por Neruda, grande parte deles presenteados por amigos. A casa é muito charmosa e, como as demais, administrada pela Fundação Pablo Neruda.
Após a visita à casa fomos conhecer um dos elevadores que ligam a cidade baixa à cidade alta. Os “ascensores”, como são chamados, são famosos por serem verdadeiras obras de arte.
Almoçamos em um restaurante à beira mar chamado “Castillo del Mar”. É um verdadeiro castelo. Apesar de cheio de turistas brasileiros – e de ser um restaurante turístico, a qualidade da comida era boa. Durante o almoço assistamos parte da partida de futebol entre o Brasil e o Paraguai, pela Copa América. Ainda bem que saímos antes do final – o Brasil perdeu nos pênaltis.

-Porto


-Ascensor (elevador) Artilleria: foi construido em 1893. A vista da cidade e do porto é linda. No alto fica uma rua bastante charmosa  com lojas de artesanato e o museu  naval e marítimo.
 
 
-La Sebastiana: outra casa do Neruda. Está situada na parte alta da cidade. Tem 4 andares que parecem labirintos. Os cômodos são pintados de cores diferentes. Em todos os lugares estão espalhados objetos colecionados por Neruda. As grandes janelas permitem visualizar a baía de Valparaíso, a vista é fantástica. O cara não era bobo não. Escolheu um excelente lugar para morar. Linda.
2) Viña del Mar: fica a 120 Km de Santiago, próxima  a Valparaíso. É o balneário mais popular do Chile. O agito acontece no verão. Como estávamos no inverno e era domingo,  a cidade estava muito calma. Fizemos um passeio bem tranquilo pela cidade e pela orla  (Oceano Pacífico). A praia de Reñaca é extensa e com ondas fortes.
Chegamos a Santiago já à noite e fomos direto para o Shopping Parque Arauco. Para completar a overdose de Pablo Neruda, assistimos à peça de teatro “Ardiente Paciencia”, baseada na obra “O Carteiro e o Poeta”.
3) Valle Nevado:  

No dia seguinte fomos ao Valle Nevado com o mesmo microônibus dos já amigos mineiros. Era fim de semana. Na ida passamos na Skytotal para alugar roupas e equipamentos de esqui. A estrada era linda e extremamente sinuosa. Estava lotada de turistas – congestionamento intenso. A idéia era ir direto para o Valle Nevado, conhecer o local e retornar para El Colorado e Farellones. Só que a hora do almoço já passava e ainda estávamos longe. Resultado: ficamos mesmo em El Colorado. Almoçamos em um local pequeno e agradável. Após o almoço fomos para a estação. A Lady “foi para a pista”. Eu e o Silas ficamos curtindo a vista. Mais tarde compramos bilhetes e fizemos um passeio de teleférico para ver a montanha de cima e tirar fotografias. Que friiiiiiiiiiio!!! Mas o dia foi maravilhoso.

À noite jantamos em um restaurante italiano próximo ao hotel.
 
4)Concha y Toro: 

A Vinícola Concha Y Toro é a segunda maior empresa produtora de vinhos do mundo. Possui plantações no Chile, Argentina e EUA. É também a mais visitada vinícola do Chile. Localizada em Pirque, na região metropolitana de Santiago, recebe milhares de turistas todos os meses.

Para chegar lá, pegamos o metrô em direção a Puente Alto e descemos na penúltima estação. Ali pegamos um táxi e pagamos 3.000 pesos (+- 10 Reais). Estava frio e chovendo, e nós sem guarda-chuva. Pagamos 8.000 pesos por pessoa pela visitação. Conhecemos uma pequena parte da vinícola e degustamos dois vinhos. O primeiro um Gran Reserva Serie Riberas – Carmenère, 2008, e o outro um Don Melchor – Cabernet Sauvignon 1995.
Para retornar, como a chuva continuava, conseguimos carona com um grupo de turistas de Minas Gerais que estava em um microônibus.
5) Almaviva e Valle do Colchágua: No dia seguinte bem cedo fomos visitar uma das melhores vinícolas do Chile. A Almaviva é uma joint-venture entre a Concha y Toro e a francesa Baron Phillipe de Rotschild. Foi uma visita bem diferente. Cara e exclusiva. Custou-nos 25.000 pesos por pessoa. Estávamos somente eu, o Silas, e Ariadne e o motorista que nos levou. A atendente explicou em detalhes cada fase da produção. Mostrou tudo, deste as plantações até o engarrafamento dos vinhos. Ao final, a esperada degustação de um Almaviva 2008. Pena que eu estava gripada. Mesmo assim tomei toda a minha taça. O Silas, que não bebe, saboreou meia taça. Deu vontade de mandar embalar a metade que sobrou.
Saímos dali e fomos para o Valle do Colchágua, localizado a cerca de 180 km de Santiago. A principal cidade da região é Santa Cruz. A melhor uva da região é a carmenère. Antes de chegar a Santa Cruz avistei a Vinícola Viu Manet, e a placa indicava que havia um restaurante. Pedi para o motorista parar. Grande tacada. O local era belíssimo, e o restaurante era excelente – os vinhos também.
Após o almoço conhecemos a cidade – pequena e aconchegante. Em seguida visitamos a Vinícola Lapostolle, que produz os vinhos Casa Lapostolle, Clos Apalta e Cuvée Alexandre. Compramos alguns vinhos e retornamos a Santiago.

6) ÚLTIMA NOITE EM SANTIAGO

Ao chegar ao hotel compramos alguns vinhos na loja do Restaurante Baco. Os preços são bem melhores do que o de outras lojas especializadas em Santiago, e por vezes melhores até do que nas vinícolas.
Jantamos no Restaurante Baco, de comida excelente e que tem um diferencial: oferece vinhos em taças – de excelentes marcas e safras, a preços bem convidativos.
Compras importantes:
Livro: Cocina chilena, tradicional, fina y fácil – Augusto Merino (Ruperto De Nola)
Livro: Guia de Vinos 2011 – La Cav . Muito últil. Tem mais de mil vinhos analisados às cegas por especialistas. Para nós que somos vizinhos do Chile e consumimos muitos vinhos chilenos é muito útil. Tem pontuação, gráfico de percepção (frescor, corpo…) e  harmonização.
Apesar de estar com pouca grana, ainda compramos algumas garrafas de:
    • Terrunyo-Carmenere-2007-Concha y Toro
  • EQ- Pinot Noir-2008- Matetic
  • Sideral- Assemblage- 2005- Altair
  • Almaviva- Almaviva-2008-Almaviva
  • Pérez Cruz-Syrah-2008-Pérez Cruz
  • Corralillo-Syrah-2008-Matetic
  • Purple Angel-Assemblage-2006-Montes
  • Curvée Alexandre-Cabernet Sauvignon-2008-Lapostolle
  • Carmen Gold Reserve-Cabernet Sauvignon-2007-Carmen
  • Mantum-Assemblage-2007-Bustamante






    No dia seguinte, arrumar malas, aeroporto, viagem, etc. Que saudades do Chile.
    Com poucas horas de viagem conhecemos lugares inéditos: neve, o Oceano Pacífico, a Cordilheira dos Andes e muitas vinícolas de renome mundial. Fantástico.

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AMOR GASTRONÔMICO: RANGO OU CHIQUE. Cozinhar para mim é sinônimo de prazer. Sempre que posso estou na cozinha. Por isso, decidi criar este blog, e a partir de agora terei a oportunidade de compartilhar com vocês minhas experiências – positivas ou não – na arte da gastronomia. E também disponibilizar relatos de viagens e receitas testadas e aprovadas. Sejam bem vindos, Ivone Santiago.

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